quarta-feira, dezembro 15, 2004

Diga lá outra vez?

Os membros do governo, e respectivos parlamentares realmente querem fazer de nós parvos.
Ainda ontem, num debate na SIC Notícias, apanhei com os insignes trauliteiros Guilherme Silva e Nuno Melo (sim, o da Comissão Parlamentar de Inquério à Tragédia de Camarate. "Não há Concidências"), a executar as mais inusitadas tarefas de guerrilha política, nomeadamente metralhando verbalmente e tentando desacreditar os argumentos dos elementos da oposição presentes através de constantes interrupções e bocas provocatórias.

Uma das ideias repetidas até à exaustão, para tentar que fique como uma verdade na cabeça de quem ouve, é a de que o PR não tinha razões para dissolver a AR. Pois, pois...
Com ao desgoverno existente no país, que alternativa existia? Demitir o governo?
Como se os grupos parlamentares da coligação governamental fossem indigitar outro PM...
A solução teria de ser exactamente a dissolução da AR.

Entre os queixumes próprios de Dulzons (está é do meu tempo) apresentaram como um dos argumentos para a boa governação a regularização das contas públicas e o controlo do défice. E que tiveram muito rigor e os outros é que foram maus e deixaram tudo de pantanas (Não esquecer que os orçamentos do PS foram aprovados ora com os votos do PSD ora do PP) e trálálá e trálálá...

Agora, como as contas foram muito rigorosas e bem feitas, para regularizar a situação, resultante dos últimos orçamentos, continuamos a receita milagrosa de vender o património público ao desbarato.
Agora, já despido do manto diáfano da hasta pública, vamos vender aos amigos que não queiram gastar muito dinheiro.
http://ultimahora.publico.pt/shownews.asp?id=1210882&idCanal=57

As empresas públicas estão quase todas privatizadas (mesmo as lucrativas... pois....).
As instalações da GNR que foram desocupadas também foram vendidas. Mas ainda há coisas para vender...
Só me pergunto o que vai acontecer quando não houver mais nada. Talvez aí se comece a pensar a governar com o pensamento no futuro e não daqui a 6 meses.

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