terça-feira, junho 06, 2006

Democracia, a quanto obrigas!

Estou a escrever a quente sobre as declarações de João Jardim sobre a aplicabilidade da nova lei das incompatibilidades de cargos públicos na Madeira.

João Jardim, diz que não sabe "se Portugal Continental ou o estado central ainda têm barcos de guerra para ocupar a ilha", por forma a aplicar a lei. Afirma ainda que a referida proposta lembra a "cultura própria da PIDE de perseguir, vigiar e bufar sobre outros".

Só gostaria de saber como se comportaria João Jardim, ou alguém da sua pandilha de democratas agarrados ao poder, nas garras dos carrascos da PIDE. Como se comportariam eles dias a fio em pé, sem dormir. Como suportariam eles torturas psicológicas das mais variadas, aprendidas aliás dos amigos americanos.

Não suportariam. Ou nem levantariam ondas, deixando-se estar quais ratazanas aproveitando a corrente, aproveitando as benesses de um estado submetido aos interesses económicos de uns poucos barões... Porque é isso que acontece actualmente na Madeira.

Não quero que Portugal Continental obrigue a Madeira a aceitar qualquer tipo de legislação. Aliás, não quero que aceitem nada. Nem as dotações orçamentais que crescem de ano para ano, para que o Governo Regional dê um ar de quem defende a sua região, defendendo apenas as suas clientelas.

Os miúdos de rua que vivem nas grutas e barracas dos arredores do Funchal agradeceriam um apoio que valesse uma pequena percentagem de algum viaduto que tanto enche os olhos aos turistas do continente...

Actualmente é moda nos politicos americanos chamar nazi a torto e a direito, conforme não se concorda com alguma declaração ou proposta.
Para quem, na sua governação autocrática (e nos seus acessos de ironia acirrada contra quem lhe paga as despesas) enche a boca por ter sido eleito repetidamente com maioria absoluta, só lhe posso relembrar uma coisa... Hitler também foi eleito pelo povo...

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