segunda-feira, julho 16, 2007

Lisboa Pós Eleitoral

Depois da noite eleitoral intercalar de ontem, vários pensamentos me assaltaram o espírito.

O primeiro surgiu ao ouvir as declarações de Helena Roseta. Cheia de força e vitalidade, com ideias e abertura para o futuro. Fiquei a pensar que, se fosse ela a escolhida pelo PS, teríamos neste momento uma Presidente de Câmara com ideias válidas para um município aberto à população. Mas imagino que isso seja o que menos interessa agora ao governo da Câmara…

Depois, ao ver a festa de Carmona Rodrigues, fiquei desalentado. O povo de Lisboa não difere do de Felgueiras ou de Oeiras (nem seria de esperar que diferisse). Parece que têm gosto em votar nos que os roubam mais descaradamente. Deve ser algum complexo de justiça anti-media. O tipo de raciocínio enviesado que leva a defender os que são apontados pela justiça e colocados na berlinda pelos órgãos de comunicação. De outra forma, como se justifica eleger de novo Carmona ou Gabriela Seara? Fontão de Carvalho só não foi eleito porque era o último da lista (mas estava lá na festa, junto aos demais). E foi eleita outra figura sinistra do clientelismo político português que é Pedro Feist. Não me admira que sejam estes os “amigos” de que necessita António Costa para ter a sua maioria.

Senti nos aplausos a Carmona a alegria desmiolada de quem não sabe muito bem o que está a apoiar, mas está lá porque sim. Infelizmente este parece ser o lugar comum da política actual. O que me leva a outra pergunta. Será que a democracia actual sobreviveria com apoiantes questionantes e esclarecidos? Mas isso é outra história…

De qualquer forma, não esquecer que tanto Roseta como Carmona só conseguiram candidatar-se, porque o protesto do MPT foi colocado a tempo e horas no Tribunal Constitucional, o que obrigou a adiar as eleições uma semana. Porque antes disso Carmona não se ia sequer candidatar…

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