quarta-feira, setembro 29, 2004

Jogo do Carro

Hoje ouvi na rádio (sim, enquanto estava a tentar fugir ao Fórum da Antena1) que a Renascença anda a oferecer carros. Para ganhar um carro só é necessário que se tenha colado no vidro do carro um autocolante da própria rádio. Isto levou-me a uma curiosa reflexão (e quase a bater no #?!$%& do carro que se armou em fangio e se tentou meter à minha frente). Uma reflexão inútil, mas mesmo assim uma reflexão.

Quer dizer que é necessário já ter carro para ganhar outro carro. Isto é muito curioso. Pensarão que é uma forma de discriminação, mas não. É uma forma de controlar a sinistralidade. E por duas ordens de razões:

Com a qualidade (ehehe, qualidade...) dos ouvintes da RR, e começando a distribuir carros novos, por aqueles que normalmente não conduzem, iriam ser introduzido (mais) um factor de destabilização rodoviária bastante significativo. Se, por um lado, iriam aumentar as donas de casa a andar a 30 à hora na auto-estrada, por outro iriam aumentar os acidentes provocados por condutores distraídos a limpar o pavilhão auditivo com a unhacra do dedo mindinho. Assim, previne-se um número significativo de acidentes rodoviários.

Além disso, como 90% dos tipos que ouvem a renascença, e têm a coragem de estragar a sua viatura com um autocolante, devem ter um datsun, um vauxhall viva ou um corsa dos antigos, também é uma forma de modernizar o parque automovel da nação.

Ora digam lá se isto não é um serviço público melhor que a própria Antena 1? Estão a pensar na nossa segurança, sim Senhor. Esta é a qualidade a que a RR nos habituou, no seguimento aliás, das anedotas matinais do António Sala (que nunca ofenderam ninguém, tirando os alentejanos).

Para aumentar o interesse dos programas em que entregam os carros, os meninos e meninas da RR fazem-se transportar (e isto não é piada) pela PSP ou GNR, para obrigar as vítimas do concurso a parar.
Grandes histórias devem ter sido já contadas nas emissões, sobre o que pensaram os condutores depois de serem parados pelas autoridades e antes de saberem do que se tratava...
Grandes histórias sim senhor...

Felizmente nunca ouvi nenhuma.

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