domingo, setembro 27, 2009

Num dos últimos debates de comentadores a que assisti antes das eleições, falava-se da evolução eleitoral do PCP. Dizia Bettencourt Resendes, por entre os argumentos habituais que o destino do partido seria a extinção, que Portugal era o último país em que um partido Marxista-Leninista tinha algum peso, afirmação complementada por um "o que diz bem do atraso do nosso país", dito por Sarsfield Cabral.
Não querendo repetir o "fascistas de me..." que vociferei no calor do momento (ainda bem que não tenho twitter), restou-me o espanto de ver Ricardo Costa destacar a importância do PCP, bem como contrapor que esses argumentos já existem à 20 anos, e a importância do partido na sociedade Portuguesa mantém-se.
Agora, pegando no argumento de Sarsfield Cabral, o que dizer de um país cujo terceiro partido pode vir a ser (ainda não acabou a noite eleitoral enquanto escrevo este texto) o CDS-PP?
Um partido de direita encapotada, que se vale de argumentos demagógicos e simplistas sem coerência nem com o seu passado nem, já sabemos isso, com o seu futuro.
Isto dirá bem da nossa sociedade (e podemos os distritos ver onde o CDS foi buscar os novos deputados), da sua iliteracia e do seu atraso cívico. Pior do que ter um partido Marxista-Leninista com influência na sociedade...

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