sábado, junho 27, 2009
Os Reis
Êxito avassalador na juventude, com a conquista da crítica e público e vendas impressionantes de discos.
Depois a decadência, problemas de saúde, afastamento dos fãs, isolamento progressivo, excentricidades por vezes incompreensíveis.
A terminar, uma morte por problemas com medicamentos, antes da meia idade.
Dá que pensar...
terça-feira, junho 23, 2009
Serra Grades
Esta condenação tem a ver com o facto de esta senhora pensar que poderia, para além de manipular a opinião pública através do seu jornal (inventando o caso dos sósias de Carlos Cruz), manipular também a polícia judiciária e as provas envolvidas no processo Casa Pia.
Ora, se os jornais podem (infelizmente) manipular impunemente a opinião pública, já manipular um caso em investigação é crime. E quando se mente repetidamente, mesmo em tribunal, e não se mostra qualquer arrependimento, este crime dá origem a prisão efectiva. Que só não o é efectiva, porque a senhora em causa aceitou fazer trabalho comunitário.
Agora, o que me espanta mais é que continuemos a prestar atenção a esta senhora nos media. De vez em quando, lá a apanhamos a "botar faladura" sobre a política do país e sobre os políticos. Não compreendo porque são exigidas tantas provas de seriedade aos políticos nacionais e quando se trata da classe dos comentadores políticos, até pessoas condenadas por usarem da sua posição enquanto (de)formadoras da opinião pública continuam a ter direito a falar.
Há mais comentadores nesta situação. Mas se calhar se os afastarmos todos, talvez fossemos obrigados a dar voz a quem é verdadeiramente independente...
segunda-feira, junho 08, 2009
Ingovernabilidade
Depois das eleições de ontem, e como é tradicional sempre que crescem os partidos de esquerda, já andam os tradicionais comentadores políticos agitar a profecia da ingovernabilidade do país. De facto é assustadora a perspectiva. Sobretudo se for um bloco central.
A arte da coligação governamental é algo que decorre da maturidade democrática de um país e da sua classe política. Com efeito, é muito fácil governar não tendo que discutir as nossas ideias. Mas será o melhor para o país? Sempre aprendi que quantas mais contribuições existirem para um assunto, mais abrangente se torna a solução encontrada.
Ao invés, na nossa democracia sempre tivemos a cultura do um-contra-todos. Aliás, temos exemplos muito próximos disso. O partido da maioria diverte-se a rejeitar projectos de partidos da oposição apenas porque não correspondem à sua agenda política. É isto a governabilidade? É isto que querem os comentadores da nossa praça?
Haverá governabilidade tanto quanto os partidos envolvidos na governação estejam efectivamente interessados na evolução do país, e não apenas interessados na satisfação de clientelas particulares e no cumprimento da sua agenda. Como se tem visto, as políticas dos governos isolados não têm trazido nada de novo ao país. Não será que nos tornaríamos mais governáveis com um governo mais abrangente? Só precisávamos de uma classe política mais crescidinha…