domingo, fevereiro 15, 2009

Avanços

Recentemente a Igreja Católica veio, praticamente em tons jocosos, permitir-se brincar com o termo casamento para a união oficial entre pessoas do mesmo sexo. Pediu que se lhe chamasse "associação", "joint-venture" ou outros termos parecidos, uma vez que o termo casamento estaria destinado apenas e só a uniões entre pessoas de sexos distintos.

Para além disso, vieram agitar (embora depois desmentindo, mas ficou o "aviso") que poderiam mobilizar os seus fieis para não votar nos partidos que defendessem tal heresia.

A Igreja Católica sabe que está a perder influência no mundo. Não negando toda a sua obra social, construida nas bases, todo o seu poder mundial foi construido sobre dogmas inventados ao longo do tempo, ao sabor dos seus interesses, e do seu enriquecimento enquanto instituição.

O celibato dos padres, a não ordenação de mulheres, o Deus enquanto ser exterior ao ser humano ou como ser irado e castigador, o próprio casamento ou a celebração do Natal foram criados, à revelia da igreja original para, ao longo do tempo, poder enriquecer o seu património monetário e capitalizar a sua influência.

Agora, o mundo vai-se lentamente libertando do jugo da moral judaico-cristã. Vai percebendo que pode acreditar num Deus que até está dentro de cada um de nós. Dessa forma já não é preciso ir à igreja para rezar ou para celebrar qualquer cerimónia.

Só era necessário que os estados, que até se dizem laicos, se fossem também libertando desse espartilho mental. Há bastante legislação que está criada e em vigor que se rege por principios morais criados pela Igreja Católica unicamente para seu proveito. E precisamos, a bem de um avanço civilizacional enquanto seres verdadeiramente evoluídos dar alguns passos em frente. O casamento entre pessoas do mesmo sexo é um desses passos. A abolição pura e simples do casamento é outro.

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