quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Casamento

Duas mulheres apresentaram hoje na 7.ª Conservatória do Registo Civil, em Lisboa, um pedido para a realização do seu casamento.

Esta acção faz parte da estratégia do seu advogado para, uma vez recusado o pedido, começar uma batalha judicial que possa constituir jurisprudência, permitindo que a constituição se sobreponha (como deve ser) às leis vigentes.
Como é sabido, a nossa constituição é taxativa quando diz que não deve existir discriminação no que respeita à escolha sexual dos cidadãos.

Em Espanha já se legislou nesse sentido. Aqui, os representantes dos nossos maiores partidos dizem que não irão mudar a legislação nos tempos mais próximos. Em Portugal, continua-se a tapar o sol com a peneira, discriminando muitos cidadãos que não podem usufruir dos direitos sociais que permitem o seu apoio àqueles que mais amam, apenas porque amam alguém do mesmo sexo.

Tudo isto porque se continua a achar que o casamento, mesmo o civil, se deve cingir às regras estipuladas pela igreja. Regras estipuladas e mantidas por pessoas que nem sequer se casam e que recalcam ferozmente todo e qualquer sentimento que os possa levar ao casamento. Aqui está uma espécie de lógica muito retorcida...

O que me apetece escrever a seguir exige uma tomada de fôlego... Para sair tudo de seguida..

Continuamos a ser os mesmos atrasados mentais subjugados às teorias opressivas da igreja católica que já nos custou os atrasos de mentalidade e de progresso social e tecnológico em variadas épocas da nossa história.

Pronto, já está. Continuando...

A ironia disto tudo é se o conservador for tão incompetente que aceite o pedido de casamento, abrindo assim o precedente...

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