terça-feira, dezembro 06, 2005

CP

Nos últimos tempos a CP tem sido notícia nos media nacionais. Não porque os seus clientes/utentes venham enaltecer os seus níveis de serviço (que nas linhas que conheço – cascais e sintra – são bastante bons, quer a nível de horários como a nível de conforto), mas sim por dois motivos negativos:


  1. Na semana passada um invisual caiu à linha na estação da CP de Carcavelos, tendo falecido após ter sido colhido pelo comboio, por não se ter apercebido da proximidade do final do cais. Este acidente deveu-se à falta das marcas (obrigatórias por lei) sinalizadoras dessa situação.
  2. A CP está em situação de falência técnica. Entre 2002 e 2004, a operadora ferroviária registou resultados líquidos negativos de 741 milhões de euros.
    Não esquecer que, nas linhas em que opera, a CP detém o monopólio de exploração.
Estes factos levem-me a supor que nos últimos tempos, a administração da CP andou mais ocupada a tratar do seu futuro, trocando nomeações com a administração da REFER (“eu nomeio-te para a CP, tu nomeias-me para a REFER”), do que a cuidar do estado de saúde da sua empresa. Para quando uma gestão empresarial das empresas públicas?

Sobre este assunto, corroboro a opinião que ouvi no fórum da Antena 1 (sim... este fórum eu ouvi). Parece que temos de aproveitar o bom exemplo da TAP e contratar administradores estrangeiros para as empresas públicas. É triste mas é verdade. Se calhar resolviam-se muitos problemas...

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