quinta-feira, outubro 09, 2008

Rumor auto-cumprido

Vítor Constâncio, todo-poderoso e auto-aumentado governador do Banco de Portugal veio afirmar que "O que é importante é que ninguém confie em rumores e no que se diz, e confiem no que dizem publicamente e expressamente as autoridades", referindo-se a rumores que têm aparecido recentemente sobre a existência de bancos à beira da ruptura em Portugal.

É curioso. Até estas declarações, eu não fazia ideia que haviam bancos à beira da ruptura no nosso país.

Feios, irresponsáveis e maus

Anteontem, o nosso aspirante a secretário de estado dos EUA, Luís Amado, veio à Comissão Parlamentar de Negócios estrangeiros dizer que apresentar queixa à PGR sobre os voos da CIA teria sido "irresponsável". E que "Seria irresponsável, como seria irresponsável abrir uma suspeição pública europeia sobre o Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, que foi primeiro-ministro de Portugal (...), era muito fácil, mas era inaceitável. Era feio!"
Senhor ministro, podia ser "irresponsável" e "feio". Mas era transparente e sério. Actualmente temos tendência em esconder a realidade atrás do status quo internacional. Infelizmente, por não sabermos dar o murro na mesa quando é preciso é que estamos na situação de desiquilibrio de forças actual. Por muito que relembremos o que se passou à 63 anos, o vizinho do lado de lá do atlântico não é nosso amigo. Não nos esqueçamos disso.